sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Mandela usou esporte para unir brancos e negros na África do Sul

Símbolo da luta pela igualdade racial na África do Sul, Nelson Mandela usou o esporte como grande arma para unir negros e brancos num país historicamente dividido pelas diferenças étnicas.
Uma nação que ficou quase 50 anos (1948 - 1994) segregada pelo regime chamado apartheid - que permitiu que a minoria branca se mantivesse no poder e isolasse as outras etnias da vida política do país - se viu unida novamente por ocasião de um evento esportivo, a Copa do Mundo de Rúgbi.
A África do Sul estava marcada para sediar o principal torneio de rúgbi do mundo, um ano depois que Mandela foi eleito presidente. O contexto da África do Sul em 1995, porém, ainda contradizia os ideais do novo líder sul-africano. O preconceito entre brancos e negros ainda predominava nas ruas e havia até mesmo a tensão de que, a qualquer momento, uma guerra racial pudesse acontecer.
Mandela viu em um dos esportes mais praticados no país a grande oportunidade de unir a nação inteira pelo mesmo objetivo. E usou a própria seleção do país para isso. No time que disputou a Copa do Mundo de Rúgbi e que, historicamente, era formada somente por jogadores brancos, houve um integrante negro que ajudou Mandela a trazer todas as raças juntas na torcida pela equipe nacional. O resultado foi o histórico e inédito título do torneio.
Antes disso, equipe sul-africana era proibida de participar da competição por causa do apartheid. E logo na primeira participação, jogando em casa e com o apoio de todas as suas raças, a África do Sul venceu a grande favorita Nova Zelândia na prorrogação por 15 a 12 e levantou o troféu.
O feito da seleção sul-africana teve grande participação do líder Nelson Mandela e entrou para a história como símbolo da unificação do país. O presidente, inclusive, sempre acreditou no esporte como uma forma de unir as pessoas e participou de outras importantes conquistas da África do Sul. "O esporte tem o poder de mudar o mundo. Tem o poder de inspirar, tem o poder de unir as pessoas de um jeito que poucas coisas conseguem", dizia.

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